Faith no More: Acabou a Festa | ||||
Banda anuncia último concerto da reunião: é em dezembro, no Chile. | ||||
O Faith No More anunciaram para o próximo dia 5 de dezembro, em Santiago do Chile, o último concerto da sua digressão de regresso. Após este espetáculo, os norte-americanos não deverão voltar a tocar ao vivo ou a gravar juntos. Em entrevista a uma publicação chilena , o tecladista e fundador do Faith No More, Roddy Bottum, explicou a escolha do Chile para a despedida com a existência de muitos "fanáticos" do grupo naquele país. "Foi o primeiro sítio desta digressão onde tivemos centenas de pessoas para nos darem as boas-vindas no aeroporto. Ficámos extremamente impressionados, pensámos: uau, isto é a sério?", contou. "Somos uma banda humilde, sabemos o que somos e só fazemos o que sabemos, por isso ficámos espantadíssimos". Sobre a reunião de regresso, que passou duas vezes por Portugal, Roddy Bottum guarda as melhores recordações: "Quando decidimos juntar-nos, foi para reviver algo que tínhamos em comum. Significou muito para nós mas já tínhamos decidido que estes seriam os únicos concertos que dávamos". "De todos os concertos, penso que o mais importante foi a reação das pessoas. Quando começámos achámos que só íamos ter pessoas mais velhas nos concertos, mas tínhamos sobretudo miúdos novos, e isso foi muito surpreendente", recorda Roddy Bottum, que não põe de parte a edição de um DVD ao vivo inspirado nesta digressão. Sobre o impacto do Faith No More noutras bandas, Roddy Bottum "chuta para canto": "As pessoas às vezes dizem isso mas não ouço muito essas bandas. Nunca ouvi os Incubus, os Korn ou os Limp Bizkit - a verdade é que não conheço nenhuma dessas bandas. Dizem que os Arcade Fire soam a Faith No More, mas também não os conheço. Mas ficamos muito agradecidos e honrados por as pessoas nos mencionarem como referência". Fonte: BLITZ Portugal Dia 03 de setembro de 2010, alguém abandona a festa, claro, sem deixar de roubar alguns docinhos, mas como festa sem palhaço não tem graça, acabou-se a mesma, a festa, não a graça. Se bem, que a vida ficou mais sem graça sem ele. |
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Acabou a festa...
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Freaks - O Filme, 1932
Na sequência do sucesso de Frankenstein, de James Whale, produzido pela rival Universal, Irving Thalberg (o patrão da MGM Studios) terá pedido ao argumentista Willis Goldbeck "qualquer coisa ainda mais horrível que Frankenstein" e terá sido presenteado com o argumento de Freaks. A escolha de Tod Browning para dirigir o filme é posterior e Thalberg teve de lutar contra as objecções de Louis B. Mayer e do pessoal do estúdio, desagradado por ter de conviver com as criaturas disformes que interpretam a película. O orçamento disponibilizado foi considerável, atendendo ao facto de se tratar de um filme que não tinha actores conhecidos no elenco.
Sinopse
Uma trapezista normal e bonita chamada Cleopatra, mesmo de caso com Hércules, o homem-forte do circo, seduz e se casa com um anão chamado Hans, herdeiro de uma enorme fortuna. Na recepção do casamento, as outras figuras grotescas do circo decidem aceitá-la na família, cantando: "We accept you, one of us!", querendo dizer que agora ela pertence ao grupo. Cleopatra, embriagada, mostra a sua repugnância e expulsa-os da cerimônia. Hans percebe seu erro quando ela e Hércules se beijam na sua frente.
Sinopse
Uma trapezista normal e bonita chamada Cleopatra, mesmo de caso com Hércules, o homem-forte do circo, seduz e se casa com um anão chamado Hans, herdeiro de uma enorme fortuna. Na recepção do casamento, as outras figuras grotescas do circo decidem aceitá-la na família, cantando: "We accept you, one of us!", querendo dizer que agora ela pertence ao grupo. Cleopatra, embriagada, mostra a sua repugnância e expulsa-os da cerimônia. Hans percebe seu erro quando ela e Hércules se beijam na sua frente.
ASSISTA AQUI O FILME: http://freakz.tumblr.com/
Happy Tree Friends
Happy Tree Friends é um desenho animado em Adobe Flash de humor negro da Mondo Mini Shows, criada por Kenn Navarro, Aubrey Ankrum, Rhode Montijo e Warren Graff.
Como mostrado no Site Oficial, o show "não é recomendado para crianças". Mesmo com a aparência fofa e típica de desenhos infantis dos personagens, o show é extremamente violento, e quase todos os episódios contém sangue, sofrimento, tragédias e mortes violentas. Eles morrem da maneira mais horrível e absurda possível, que costumam envolver a destruição de vários lugares. Entretando, em novos episódos, sempre está tudo normal e os personagens vivos e ilesos , como se nada tivesse acontecido, justificando o nonsense da série. Enquanto a violência dessas mortes é comparável à Itchy & Scratchy (o curto desenho mostrado nos Simpsons), o retrato de Happy Tree Friends é mais graficamete e anatomicamente correto, mostrando derramamento de sangue e desmembramentos com detalhes mais vívidos e exagerados.
O show quase não tem diálogo; contudo, quando os personagens falam, suas palavras são ilegíveis. Apesar de ser óbvia a reação de cada personagem, suas palavras dificelmente podem ser entendidas, com execeção de alguns, que tem a fala severamente truncada, mas podem ser entendidas em algumas ocasiões. Suas falas são em inglês.
Segundo o site oficial, a idéia de Happy Tree Friends foi criada por Rhode Montijo quando desenhou um coelho amarelo, um pouco parecido com o personagem Cuddles, num pedaço de papel enquanto trabalhava no Mondo Mini Shows e escreveu "Resistance Is Futile" (Resistência é Fútil) em baixo. O desenho fez vários empregados rirem. Em 1999, Mondo deu à Aubrey Ankrum, Rhode Montijo e Kenn Navarro uma chance de fazer uma curta para ele. Eles vieram com um episódio curto, chamado Banjo Frenzy, que estrelava um dinossauro (uma versão anterior de Lumpy) matando 3 animais selvagens (versões anteriores de Cuddles, Giggles, e Toothy) com um banjo, após ser humilhado por eles por ter arrebentado o Banjo enquanto tocava uma música. De lá, eles deram sua própria série de internet, que chamaram de Happy Tree Friends. Eles conseguiram novos escritores e novos animadores para trabalhar no show. Começou com episódios de aproximadamente 1 a 4 minutos, e ganhou sua série de TV em 2006, com episódios mais longos, de 7 minutos cada, tendo sido produzidos até agora 39 episódios para a TV e 64 para a internet. A série logo se tornou um fenômeno da Internet e alcançou fãs no mundo todo.
Cada episódio começa introduzindo os personagens e, em seguida apresentando os personagens que irão estrelar nesse episódio. As introduções mudam de acordo com as temporadas. No final, mostram uma frase-trocadilho, com algum significado moral, de acordo com o que aconteceu no episódio, como "Wash behind your ears!" (Lave atrás de suas orelhas) e "Don't bite off more than you can chew!" (Não abocanhe mais do que possa mastigar!).
No Brasil, Happy Tree Friends é exibido no bloco "MTV Gringa" da MTV.
Como mostrado no Site Oficial, o show "não é recomendado para crianças". Mesmo com a aparência fofa e típica de desenhos infantis dos personagens, o show é extremamente violento, e quase todos os episódios contém sangue, sofrimento, tragédias e mortes violentas. Eles morrem da maneira mais horrível e absurda possível, que costumam envolver a destruição de vários lugares. Entretando, em novos episódos, sempre está tudo normal e os personagens vivos e ilesos , como se nada tivesse acontecido, justificando o nonsense da série. Enquanto a violência dessas mortes é comparável à Itchy & Scratchy (o curto desenho mostrado nos Simpsons), o retrato de Happy Tree Friends é mais graficamete e anatomicamente correto, mostrando derramamento de sangue e desmembramentos com detalhes mais vívidos e exagerados.
O show quase não tem diálogo; contudo, quando os personagens falam, suas palavras são ilegíveis. Apesar de ser óbvia a reação de cada personagem, suas palavras dificelmente podem ser entendidas, com execeção de alguns, que tem a fala severamente truncada, mas podem ser entendidas em algumas ocasiões. Suas falas são em inglês.
Segundo o site oficial, a idéia de Happy Tree Friends foi criada por Rhode Montijo quando desenhou um coelho amarelo, um pouco parecido com o personagem Cuddles, num pedaço de papel enquanto trabalhava no Mondo Mini Shows e escreveu "Resistance Is Futile" (Resistência é Fútil) em baixo. O desenho fez vários empregados rirem. Em 1999, Mondo deu à Aubrey Ankrum, Rhode Montijo e Kenn Navarro uma chance de fazer uma curta para ele. Eles vieram com um episódio curto, chamado Banjo Frenzy, que estrelava um dinossauro (uma versão anterior de Lumpy) matando 3 animais selvagens (versões anteriores de Cuddles, Giggles, e Toothy) com um banjo, após ser humilhado por eles por ter arrebentado o Banjo enquanto tocava uma música. De lá, eles deram sua própria série de internet, que chamaram de Happy Tree Friends. Eles conseguiram novos escritores e novos animadores para trabalhar no show. Começou com episódios de aproximadamente 1 a 4 minutos, e ganhou sua série de TV em 2006, com episódios mais longos, de 7 minutos cada, tendo sido produzidos até agora 39 episódios para a TV e 64 para a internet. A série logo se tornou um fenômeno da Internet e alcançou fãs no mundo todo.
Cada episódio começa introduzindo os personagens e, em seguida apresentando os personagens que irão estrelar nesse episódio. As introduções mudam de acordo com as temporadas. No final, mostram uma frase-trocadilho, com algum significado moral, de acordo com o que aconteceu no episódio, como "Wash behind your ears!" (Lave atrás de suas orelhas) e "Don't bite off more than you can chew!" (Não abocanhe mais do que possa mastigar!).
No Brasil, Happy Tree Friends é exibido no bloco "MTV Gringa" da MTV.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
A secretária
Após passar algum tempo em um sanatório, Lee Holloway (Maggie) volta para a casa de seus pais pronta para recomeçar sua vida. Ela então faz um curso de secretária e tenta um emprego com E. Edward Grey (Spader), que tem um escritório de advocacia.
Apesar dela nunca antes ter trabalhado Lee é contratada por Grey, que não dá importância para sua falta de experiência.
Inicialmente o trabalho parece bem normal e entediante, pois só digita, arquiva e faz café, mas Lee se esforça para agradar seu chefe e sua mãe.
Lentamente Lee e Grey embarcam em uma relação mais pessoal atrás de portas e cruzam linhas de conduta da sexualidade humana, num caso de amor no qual os papéis de dominação e total submissão ambos desempenham perfeitamente.
Apesar dela nunca antes ter trabalhado Lee é contratada por Grey, que não dá importância para sua falta de experiência.
Inicialmente o trabalho parece bem normal e entediante, pois só digita, arquiva e faz café, mas Lee se esforça para agradar seu chefe e sua mãe.
Lentamente Lee e Grey embarcam em uma relação mais pessoal atrás de portas e cruzam linhas de conduta da sexualidade humana, num caso de amor no qual os papéis de dominação e total submissão ambos desempenham perfeitamente.
http://www.imdb.com/title/tt0274812/
Download: http://www.megaupload.com/?d=7B7N0Y0R
Henry Miller
Henry Valentine Miller (Manhattan, New York, 26 de Dezembro de 1891– Los Angeles, 7 de Junho de 1980), escritor norte-americano.
Seu estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção. Muitas vezes lembrado como escritor pornográfico, escreveu também livros de viagem e ensaios sobre literatura e arte. O autor foi homenageado pelo célebre crítico Otto Maria Carpeaux em prefácio para o livro O Mundo do Sexo, editora Pallas 1975, Rio de Janeiro.
Uma de suas amantes foi a escritora Anais Nin. Há um filme ficcional sobre o período da vida em que eles se conheceram, Henry and June, baseado nos diários de Anaïs.
Henry passou sua infância na Avenida Driggs em Williamsburg, Brooklyn, Nova Iorque. Mais tarde em sua juventude, era ativo no Partido Socialista (seu ídolo era o socialista negro Hubert Harrison). Tentou vários tipos de serviços e, por curto período, frequentava aulas no City College of New York. Tanto em 1928 quanto em 1929, passou diversos meses em Paris com sua segunda esposa, June Edith Smith (June Miller). Se mudou sozinho para Paris no ano seguinte, onde morou até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Ele viveu em condições precárias, dependendo da benevolência de amigos, tais como Anaïs Nin, que tornou-se sua amante e financiou a primeira impressão do Trópico de Câncer em 1934.
O livro sofreu dificuldades de distribuição, sendo banido em alguns países sob a acusação de pornografia. No outono de 1931, Miller trabalhou na Chicago Tribune (edição parisiense) como revisor, graças a seu amigo Alfred Perlès que trabalhou lá. Miller obteve a oportunidade de apresentar alguns dos seus artigos sob o nome de Perlès, desde que somente a equipe editorial era autorizada a publicar no jornal em 1934.Seus trabalhos relatos detalhados de experiências sexuais e seus livros trouxeram muito a discussão livre de assuntos de cunho sexual, na literatura norte americana, partindo tanto de restrições legais e sociais.
Ele continuou a escrever romances que foram banidos nos Estados Unidos sob acusação de obscenidade. A maior parte de sua obra gira em torno de sua segunda esposa June Mansfield. Em especial a trilogia Crucificação Encarnada. O casal se separou em 1934. Henry voltaria a se casar outras vezes. Durante a Segunda Guerra Mundial voltou para os Estados Unidos. Passou a ser um escritor prolífico e obteve grande sucesso após a liberação de suas obras na década de 60. Um memorial dedicado a sua obra é mantido em Big Sur, Califórnia, onde morou de 1944 a 1962. O governo Brasileiro proibiu a venda da tradução de Trópico de Câncer na década de 70, porém o livro permanecia sendo vendido no original em inglês. Otto Maria Carpeaux seria um responsável pela divulgação e reconhecimento literário das obras de Miller no país.
Henry Miller tornou-se um clássico quando publicou a trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que ele chamou "A Crucificação Encarnada". Como nos outros livros, esses romances narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse. Sobre seu processo, declarou: "fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos, etc, que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo". Tudo isso é verdade, mas também o é que Miller vivia na pândega e descrevia isso.
Embora a obra de Henry Miller se tenha tornado, para parte do público e crítica, sinônimo de literatura erótica, há também muitas passagens filosóficas em seu livros mais famosos, obras nada obscenas ou lascivas. Por exemplo, "Big Sur e As Laranjas de Hieronimus Bosch" tem como eixo principal a narrativa prosaica dos dias em que a personagem autobiográfica de Miller vive, com sua penúltima mulher e filhos, na isolada, pacata e "mística" região de Big Sur, na Califórnia(EUA). O mote da obra é um descrição repleta de digressões e recortes de episódios já narrados em outros livros com o fim de comparar as peculiaridades "puras" de Big Sur com os que detêm completamente as confortáveis benesses e também as tragédias comportamentais da pós-modernidade.
Outra obra que passa longe de temas e motivos eróticos é "Colosso de Marússia". O livro baseia-se numa viagem feita pelo autor à Grécia, antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Na verdade, vê-se, ao longo de todo o livro, um Miller deslumbrado com a magnanimidade da cultura ancestral grega, assim como faz uso das descrições e análises do povo grego para contrapor a simplicidade à "civilização da guerra" - representada, muitas vezes, por referências ao nova-iorquino médio.
Seu estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção. Muitas vezes lembrado como escritor pornográfico, escreveu também livros de viagem e ensaios sobre literatura e arte. O autor foi homenageado pelo célebre crítico Otto Maria Carpeaux em prefácio para o livro O Mundo do Sexo, editora Pallas 1975, Rio de Janeiro.
Uma de suas amantes foi a escritora Anais Nin. Há um filme ficcional sobre o período da vida em que eles se conheceram, Henry and June, baseado nos diários de Anaïs.
Henry passou sua infância na Avenida Driggs em Williamsburg, Brooklyn, Nova Iorque. Mais tarde em sua juventude, era ativo no Partido Socialista (seu ídolo era o socialista negro Hubert Harrison). Tentou vários tipos de serviços e, por curto período, frequentava aulas no City College of New York. Tanto em 1928 quanto em 1929, passou diversos meses em Paris com sua segunda esposa, June Edith Smith (June Miller). Se mudou sozinho para Paris no ano seguinte, onde morou até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Ele viveu em condições precárias, dependendo da benevolência de amigos, tais como Anaïs Nin, que tornou-se sua amante e financiou a primeira impressão do Trópico de Câncer em 1934.
O livro sofreu dificuldades de distribuição, sendo banido em alguns países sob a acusação de pornografia. No outono de 1931, Miller trabalhou na Chicago Tribune (edição parisiense) como revisor, graças a seu amigo Alfred Perlès que trabalhou lá. Miller obteve a oportunidade de apresentar alguns dos seus artigos sob o nome de Perlès, desde que somente a equipe editorial era autorizada a publicar no jornal em 1934.Seus trabalhos relatos detalhados de experiências sexuais e seus livros trouxeram muito a discussão livre de assuntos de cunho sexual, na literatura norte americana, partindo tanto de restrições legais e sociais.
Ele continuou a escrever romances que foram banidos nos Estados Unidos sob acusação de obscenidade. A maior parte de sua obra gira em torno de sua segunda esposa June Mansfield. Em especial a trilogia Crucificação Encarnada. O casal se separou em 1934. Henry voltaria a se casar outras vezes. Durante a Segunda Guerra Mundial voltou para os Estados Unidos. Passou a ser um escritor prolífico e obteve grande sucesso após a liberação de suas obras na década de 60. Um memorial dedicado a sua obra é mantido em Big Sur, Califórnia, onde morou de 1944 a 1962. O governo Brasileiro proibiu a venda da tradução de Trópico de Câncer na década de 70, porém o livro permanecia sendo vendido no original em inglês. Otto Maria Carpeaux seria um responsável pela divulgação e reconhecimento literário das obras de Miller no país.
Henry Miller tornou-se um clássico quando publicou a trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que ele chamou "A Crucificação Encarnada". Como nos outros livros, esses romances narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse. Sobre seu processo, declarou: "fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos, etc, que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo". Tudo isso é verdade, mas também o é que Miller vivia na pândega e descrevia isso.
Embora a obra de Henry Miller se tenha tornado, para parte do público e crítica, sinônimo de literatura erótica, há também muitas passagens filosóficas em seu livros mais famosos, obras nada obscenas ou lascivas. Por exemplo, "Big Sur e As Laranjas de Hieronimus Bosch" tem como eixo principal a narrativa prosaica dos dias em que a personagem autobiográfica de Miller vive, com sua penúltima mulher e filhos, na isolada, pacata e "mística" região de Big Sur, na Califórnia(EUA). O mote da obra é um descrição repleta de digressões e recortes de episódios já narrados em outros livros com o fim de comparar as peculiaridades "puras" de Big Sur com os que detêm completamente as confortáveis benesses e também as tragédias comportamentais da pós-modernidade.
Outra obra que passa longe de temas e motivos eróticos é "Colosso de Marússia". O livro baseia-se numa viagem feita pelo autor à Grécia, antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Na verdade, vê-se, ao longo de todo o livro, um Miller deslumbrado com a magnanimidade da cultura ancestral grega, assim como faz uso das descrições e análises do povo grego para contrapor a simplicidade à "civilização da guerra" - representada, muitas vezes, por referências ao nova-iorquino médio.
Hunter Thompson
Hunter Stockton Thompson (18 de Julho de 1937, Louisville, Kentucky, EUA — 20 de Fevereiro de 2005, Aspen, Colorado, EUA), foi um jornalista e escritor norte-americano. Conhecido pelo seu estilo de escrita extravagante, aperfeiçoado em seu livro mais famoso, Medo e Delírio em Las Vegas (Conrad, 2007, L&PM POCKET, 2010), Thompson foi um criador de um estilo denominado Jornalismo Gonzo. Esse estilo se caracteriza por acabar com a distinção entre autor e sujeito, ficção e não-ficção.
Seus pais eram alcoólatras e seu pai morreu quando Hunter tinha 15 anos de idade. Ele foi um adolescente problemático, sendo preso por roubo em 1956. Como parte da pena, ele foi alistado na Força Aérea, onde começou a trabalhar como jornalista no jornal da base onde servia. Após ser dispensado, entrou na Universidade de Columbia, em Nova York, onde teve aulas de escrita de contos e levava um estilo de vida inspirado no Movimento Beat. Enquanto estudava, conseguiu um emprego de copiador na revista Time, de onde foi despedido por insubordinação. Depois trabalhou em um jornal do interior do estado de Nova York, e também foi despedido em pouco tempo.
Em 1960 ele se mudou para San Juan, Porto Rico, para trabalhar em uma revista de esportes chamada El Sportivo. A revista durou pouco tempo e Thompson foi viajar por vários países da América Central e da América do Sul, trabalhando como free-lancer para diversas publicações. Conseguiu um trabalho fixo como correspondente do jornal National Observer na América do Sul. De volta aos Estados Unidos, trabalhou como segurança, e escreveu dois romances, Prince Jellyfish e Rum: Diários de um jornalista bêbado (Conrad Editora, 2005), além de diversos contos, que não foram publicados.
Em 1963 ele se casou com sua namorada Sandra Dawn Conklin e teve seu único filho, Juan. Sua mulher engravidou outras cinco vezes, mas três foram abortados e dois morreram logo após o parto. Eles se divorciaram em 1980.
Em 1965 Thompson conseguiu seu primeiro grande sucesso. Estava morando em San Francisco e conheceu membros da famosa gangue de motociclistas fora-da lei Hell's Angels. O editor da publicação esquerdista The Nation pediu a Thompson para fazer uma matéria sobre o fenômeno das gangues de motociclistas, e o resultado foi o livro Hell´s Angels - Medo e Delírio Sobre Duas Rodas (Conrad Editora, 2004), lançado em 1966. Thompson havia passado um ano convivendo com membros dos Hell's Angels e o resultado foi um retrato completo, sociológico, antropológico, psicológico e político do fenômeno das gangues de motociclistas, seus problemas com a polícia, seu envolvimento com a contracultura da época e seu tratamento na grande mídia americana. O livro é considerado um clássico do New Journalism.
Durante a segunda metade dos anos 60 Thompson conviveu ativamente com a contracultura e a comunidade hippie de San Francisco e começou a utilizar uma grande variedade de drogas, como o LSD, a Mescalina, entre muitas outras. Também bebia muito e fumava tabaco, sendo sua marca registrada estar sempre com uma piteira na boca, fumando sem parar. Esse estilo de vida alucinado influenciou muito seu trabalho, levando ao desenvolvimento do Jornalismo Gonzo. Seu primeiro artigo genuinamente gonzo foi O Kentucky Derby É Decadente e Depravado, publicado em 1970 na revista Scanlan's Monthly. Escalado para cobrir a tradicional corrida de cavalos que acontece há mais de cem anos na sua cidade natal de Louisville, Thompson se afundou em um torpor alcoólico de quatro dias junto com o artista Ralph Steadman, que a partir de então ilustraria a maioria de seus artigos. Ao final da aventura, Thompson não sabia quem tinha ganho a corrida, mas produziu um artigo altamente ácido e crítico sobre a sociedade do sul dos Estados Unidos, repleto de digressões, e interferência do autor no curso dos acontecimentos, botando por terra a objetividade jornalística e a distinção entre autor e sujeito da narrativa. Nenhum jornalista tinha ido tão longe.
Thompson então foi contratado pela revista Rolling Stone, a maior porta-voz da contracultura nos Estados Unidos. Seu artigo de estréia foi sobre sua campanha para se eleger xerife da cidade de Aspen, no Colorado, famosa pelas pistas de esqui e frequentada pelos ricos e famosos. Ele concorreu pelo partido "Freak Party" e entre suas propostas estava a descriminalização do uso de drogas na cidade e a transformação de todas as ruas da cidade em ciclovias. Ele perdeu a eleição por poucos votos.
Em 1971 ele publica uma série de artigos na Rolling Stone que viria a se tornar seu livro mais famoso: Medo e Delírio em Las Vegas: Uma Jornada Selvagem ao Coração do Sonho Americano. Tratava-se de uma narrativa em primeira pessoa de seu alter ego, Raoul Duke, que viaja até a famosa cidade do jogo para cobrir uma corrida de motocross e uma convenção de promotores públicos sobre drogas, em companhia do bizarro advogado samoano Dr. Gonzo (inspirado no advogado mexicano Oscar Zeta Acosta). Antes da viagem, os dois encheram o porta malas de seu conversível vermelho com os mais diversos tipos de drogas (maconha, cocaína, LSD, éter, mescalina e muitas outras). O resultado foi uma busca esotérica do Sonho Americano, e o livro, também ilustrado por Ralph Steadman, se tornou o maior sucesso de Thompson.
No ano seguinte, ele cobriu as eleições presidenciais americanas entre o democrata George McGovern e o presidente republicano Richard Nixon. As críticas ácidas aos oponentes de McGovern, que se tornou seu amigo, dentro do Partido Democrata e principalmente ao presidente Nixon tornaram o livro Fear and Loathing on the Campaign Trail 1972 um clássico da sátira política. Thompson se tornou um dos mais ferozes críticos de Nixon, e ao escrever o seu obtuário na Rolling Stone em 1994, o descreveu como "um homem que pode apertar sua mão e o apunhalar nas costas ao mesmo tempo".
Nessa época Thompson se tornou recluso, vivendo em um sítio fortificado nas imediações de Aspen, de onde escrevia diversos artigos para jornais e revistas sobre seus temas favoritos: política, futebol americano, drogas e comportamento violento, sempre com duras críticas ao 'american way of life'. Em 1991, após uma busca em sua casa provocada pela acusação de assédio sexual por uma assistente, Thompson foi preso por porte de drogas. Seu julgamento obteve grande atenção da mídia e ele acabou sendo inocentado com a alegação de que a polícia invadiu ilegalmente sua casa.
Na década de 90 o escritor escreveu ocasionalmente para a Rolling Stone e lançou o romance The Curse of Lono. Na vírada do século, ele começou a utilizar a Internet, escrevendo uma coluna semanal sobre futebol americano para o site da emissora ESPN. Em 2003, Thompson lançou o livro Reino do Medo (Companhia das Letras, 2008), que continha duras críticas ao governo de George W. Bush.
Hunter Thompson suicidou-se com um tiro de espingarda na cabeça em 20 de fevereiro de 2005. Ele deixou um bilhete em que se mostrava deprimido e sofrendo de terríveis dores após uma cirurgia na região da bacia. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram lançadas ao céu por um pequeno foguete, em uma cerimônia bancada pelo ator Johnny Depp, seu amigo e que interpretou o personagem Raoul Duke na versão para o cinema de Medo e Delírio em Las Vegas Fear and Loathing in Las Vegas (filme).
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OFICIAL: http://www.hunterthompson.org/
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