quarta-feira, 17 de março de 2010

Faith No More / RJ e BH





As pessoas que me pediram uma resenha sobre o show do Faith No More, na realidade os Shows, sendo que marquei presença no Rio de Janeiro e Belo Horizonte em novembro passado, quando esse genias músicos se reuniram. Como que eu poderia falar tanto da volta, e quando eles pisam por aqui na América do Sul eu não falo nada? Realmente, vamos trocar idéia sobre o assunto?
O Faith No More eu posso afirmar que foi a minha maior referência musical e artística quando tinha 11/12 anos, com eles eu apreendi que misturar ritmos e uma série de ousadias ia ser o futuro da música e arte em geral, e isso foi fato, e logo depois com a banda desconhecida mais famosa do mundo; Mr, Bungle – vejam que não tinha internet, então o Mr. Bungle era praticamente inacessível. E claro, o carisma de seu vocalista; um moleque do interior que fez um teste após a já formada Faith No More, com dois álbuns e já excursionava, e que teve que demitir o até então vocalista; Chuck Mosley – Contem que a turma do Mr. Bungle foi até um show dos Red Hot Chili Peppers e Faith No More, onde algum membro do Mr. Bungle entregou uma fita Demo ao guitarrista Jim Martim, assim que a vaga de vocal ficou em aberto na banda com a demissão de Chuck,, Jim disse que um garoto havia entregado uma demo e que seu vocal era “excêntrico”, Daí ligaram para Patton e fizeram um convite para teste, imediatamente o admitiram, mas Mike disse em que hipótese alguma ele deixaria o Mr. Bungle – Os membros do FNM torceram um pouco o nariz, mas bola pra frente. A instrumental do álbum The Real Thing que projetou a banda pro mundo já estava quase toda pronta. Daí o novo vocalista que na época tinha apenas 21 anos, entrou para o quarto e escreveu todas as letras em uma semana. Banda caiu na estrada de novo abrindo para Metallica, Robert Plant e Billy Idol para apresentar seu novo álbum e vocalista, por sinal estranho vocalista. Aquilo era uma época onde os “posers estavam no auge” e o menino Mike Patton chega nessa onda de roupa surrada, parecendo o Popeye fazendo coisas estranhíssimas no palco.




Chega 1991 em que um tio meu foi aos USA e escrevi Mr. Bungle em todas as páginas da agenda dele.... Daí ele trouxe a “outra coisa” do Mike Patton, a arte do CD já era mais do que ousada e escutei finalmente!Totalmente aberto ao experimentalismo a partir daí, descobri que vale também... O Prince (aquele mesmo, o bizarro) disse no início dos anos 80 que a em breve a música ia sofrer uma espécie de “miscigenação” E foi assim que o Hip Hop e Funk começaram a entrelaçar com o Heavy Metal ou vice e versa as banda de metal começaram a colocar elementos do Funk e Soul.

Eu acreditava na “reunion” e volta de qualquer banda do planeta, menos o Faith No More – Personalidade demais, o próprio guitarrista Jim Martim, antes de ser despedido da banda afirmava; - Faith No More é uma banda que sempre é acompanhada de uma nuvem cinza. Mike Patton com 20 bandas, gravadora, passeando pela estrutura musical de games e cinema, baterista com o melhor emprego do mundo; baterista do Ozzy e as vezes uns “freela” pro Korn, e as declarações, enfim de todos...

Mas sabe-se lá o que aconteceu e o surreal aconteceu. Bom sabe-se lá não, provavelmente: $$$ fácil, os caras sequer tiraram uma foto nova e caíram na estrada e ainda como cabeça dos festivais. Daí comecei praticamente um acompanhamento on-line 24 horas... Consegui o e-mail de Billy Gould, que gentilmente me respondeu alguns, e ali eu já via; FNM jamais deixaria o Brasil de fora dessa tour!!!!

O primeiro concerto em solo brasileiro que eu tive a oportunidade de ver foi no Rio de janeiro. Aquela loucura; pega o buss aqui desce lá e começa a perguntar onde é o local do show. Claro, sobre maneira ia esquecer; Rio 40 graus! Aquilo não é normal!Fomos eu e um amigo; DC, que também atende por lobinho, claro o apelido dele é Leandro.

Incrível quando você entra no lugar e vê o palco montado já com o equipamento da banda; teclados, bateria (A velha Yamaha) e a cortina vermelha ao fundo. Daí fui para frente do palco e pensei – Caramba o Faith No More vai entrar nesse palco na sua formação original e detonar músicas que para mim, são hinos! Vai ser difícil acreditar.

Pois bem, as luzes se apagaram e uma a um a banda vai entrando e abrem com a delicada Midnithgt Cownboy. Eu ali a menos de 2 metros sentindo cada timbre que saia do baixo bater no peito, o palco ainda um pouco escuro, parecendo mesmo que viria algo. Pronto, a instrumental Midnitgh acaba e porrada sonora a dentro From Out of Nowhere começa e assim então começa uma viagem que duraria quase duas horas na primeira frase da letra a galera canta um pouco mais alto que o próprio Patton e arrepia, só acreditei mesmo na hora do: Tossed into my mind, stirring the calm!!! Luzes acesas, eu colado e ali de frente do Billy, Roddy, Puffy, Hudsom e claro, Mike Patton.

Bem a partir daí o que viesse era lucro. Só sei que parecia, e todos os jornais pelo mundo concordam, parece que a banda nunca tinha se encerrado e estavam na sua melhor forma! The Gentle Art of Make Enemies quase jogou o City Hall lá no chão!!

Fiquei em transe e foi divertidíssimo o bom humor do vocal que soltou que Íris Letieri foi se primeiro amor e queria dedicar Evidence a mesma. Também não acreditava que aqueles caras ali estavam tocando Surprise You’re Dead na minha frente. E claro uma das minhas preferidas ao vivo não ficou de fora; Just a Man! Patton dependura em um segurança e canta a segunda parte da música com o público: Um divertido caos!

Quando parece que com We Care a Lot a festa estava encerrada, os caras voltam com Falling to Pieces toda improvisada, Patton erra a letra, coloca puffy para ajuda-lo. Eles falaram que não tocava desde 93 (por sinal tenho esse último show – Phoenix 93) E jamais ensaiaram ela para a volta... Mas a galera pediu e Mike voltou e com seu afiado português disse; Só porque estamos no Rio, ok? Pessoal, aquilo ali era um ciclo que estava por fechar toda minha infância com meus melhores amigos 2 ou 3 que também em 1991 somos fãs. As festas e as análises da banda mais louca de nosso molecagem, claro nessa entra meu brother; Luiz Cláudio que ficava às vezes fim de semana sozinho em casa e escutávamos os Lp’s no talo do som, fazíamos vídeo clips duplando, e o grande billy , querio dizer LC tinha uma câmera (claro, Banhaus e coca cola ajudando e enxergar um público na nossa frente, rs! como se fossemos a banda! E por aí vaio início da minha idéia de colecionar shows e etc! cada show que chegava (com muuuuita dificuldade, era recebido como um tesouro)

Quando o show acabou fiquei por ali perambulando de frente ao palco sem acreditar que esse sonho era real. E Pensando; AMANHÃ EM BH EU VEJO OUTROS E COM TODOS MEUS AMIGOS POR PERTO!

Certo, fora os caso de balada, praia às 4 da manhã, saideiras com o Mr. Chapolin e Mr. SBT, cheguei a BH com um mini siri morto no bolso só pra vocês terem idéia... rs!

Mas enfim, depois de sofrer tanto com o calor e as demoras dos coletivos no RJ, chegamos a BH! Aí foi só banho e descanso.
Ainda em clima de sonho, cheguei ao Shopping que tem ao lado bem cedo e fui tomar alguns Chop’s ler algumas revistas, assistir um filme... blá, blá...

Quando sai já estava escurecendo, e na porta do lugar já fui encontrando um ou outro amigo que aguardavam apenas o show de BH, amigos importantes de quase 20 anos, que estavam ali na seguinte situação; caso o quase impossível show do Faith No More seje ruim, pelo menos a gente assisti o Marcelo vendo o Faith No More (rs)

Entramos, o de sempre; cortinas vermelhas ao fundo palco impecável e tudo mais. Gostaria e estava esperando eles abrirem com “Reunited”. Enquanto o show não começava, todos amigos sentados no chão conversando que nunca acharam que iria ver o FNM e tal... Mas as luzes se apagaram e a coisa começou; banda no palco, escaleta iniciando Midnigth Cowboy, eu olhava as vezes para alguns amigos e eles estavam de boca aberta, haha. Vanessa, esposa de um amigo me deu a mão e assistimos de mãos dadas... acabou a lenta e inicial música e o pau começou a quebrar, o set foi quase perfeito... Cada música parecia um hino... Mas quando a 2ª foi The Real Thing do primeiro disco com o Mike Patton, a gritaria foi geral... O Show foi muito mais de porrada do que de balada. Uma coisa foi me chamando a atenção, o Faith No More queria fazer um show diferente, dedicado apenas a musicalidade, sem as insanidades do Patton, que cantou mais do que qualquer registro ou show que eu tenha da banda, falou apenas umas, meia dúzia de palavrão, zoou a madona no meio de Midlife Crises, foi solidário ao Atlético que tinha perdido por Flamengo e mais nada... o resto foi garganta e garganta. “The gentle art of make enemies foi de arrepiar, “Ricochet” então...!!! E todos sabem de que quando o Sr. Vocalista do Faith No More que aprontar; a coisa fica bizarra mesmo, insano, resumindo: GG Alin!

Enfim, o mais incrível foi encerrar com Mark Bowen, e depois se depediram deixando uma luz de esperança que ainda voltam brevemente.

Ao sair da casa de shows alguns foram ao Backstage, eu fiquei pelo estacionamento, proziei um pouco com Roddy Bottum, zoei o John Hudson ao bater uma foto para uma menina, dizendo; aperta ela aí cara, ta com vergonha? Pude comprimentar o Mike Patton e também bater umas fotos... Eu já o tinha conhecido em 1999 e garanto que tava menos tumultuado que nesta oportunidade recente.

Nenhum comentário: